Prepotência! A águia versus a Coruja

Prepotência!! O quê Leonardo Da Vinci pensava sobre esse comportamento? e como podemos fazer a análise deste tema em nossos dias?
  Introdução
  A altivez é uma atitude indecorosa e vem revelar um sentimento prepotente que existe no interior de pessoas decaídas. A prepotência é tão feia que o próprio prepotente detesta ver isso em outra pessoa e ainda se envergonha quando se vê em um vídeo ou é desmascarado em público. Os próprios prepotentes se julgam superiores a determinadas pessoas e determinados grupos, porém em geral só o são por estarem em uma circunstância que lhes conferem vantagem sobre os outros e quando estão sem ela são mansos, tímidos e sobretudo covardes.
  Nos últimos meses vimos na mídia a divulgação dos 500 anos da morte do gênio italiano Leonardo Da Vici, ele também manifestou o seu pensamento a respeito da prepotência por meio de uma fábula, transcreverei na integra a fábula e farei minha análise sobre este comportamento detestável.
 Segue o texto de Da Vinci abaixo:

 A águia 
(Fábulas, atl. 67 v. b) Leonardo Da Vici

  Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.
  - Que estranho animal! pensou consigo mesma. Certamente não se trata de um pássaro.
  Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos.
  Ao aproximar-se da coruja perguntou:
  - Quem é você? Como é seu nome?
  - Sou a coruja, respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho.
  - Ha, ha! Como você é ridícula! riu a águia, sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num galho, - vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor a sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.
  Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.
  Subitamente a águia viu-se com as asas presas à árvore, e quanto mais lutava para se desvincilhar, mais grudadas ficavam suas penas.
  A coruja disse-lhe:
  - Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu. Você, que passou toda sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?

( Fábulas e lendas. São Paulo, Círculo do Livro, s/d. p. 94-95), sitado no livro,  Português Linguagem & Realidade ;- Roberto Melo Mesquita e Cloder Rivas Martos, Editora Saraiva 1995 - 2ª edição.)

Análise e aplicação I.

      Não sabemos quem foram as pessoas que Leonardo Da Vinci se baseou, ou se é apenas uma ficção para dar uma lição moral, porém eu tenho minhas suposições que Da Vinci é a coruja da história e a águia algum inimigo de seu tempo. Sem entrar em conjecturas é certo que a fábula trata de tipos de pessoas que existem em todas as sociedades, por vezes até nações na história do mundo predominaram as características vistas na Águia e na Coruja.
     A poderosa ave de rapina do texto com diversas qualidades físicas que demonstra diversos defeitos morais, valentona, bisbilhoteira, desrespeitosa, agressiva, altiva e prepotente. Por sua vez a coruja é dotada de qualidades de prudência e sabedoria.
    No meio empresarial não é raro ver pessoas em cargos de chefia que se julgam superiores apenas por terem determinado cargo, porém os que tem a conduta da águia costumam ocupar estes cargos como resultado de bajulação, deslealdade com colegas de trabalho, causando boatos dissidentes com concorrentes qualificados. Enquanto permanece uma equipe no setor de trabalho qualificada experiente e treinada, as coisas vão bem e os louros das conquistas vão todas para este falso líder por hora; eles também não vem problema de roubar mérito de conquistas dos outros para seus chefes superiores, sem a menor vergonha na cara. Porém sua tolice é tanta que ele mesmo cria problemas onde não tem, torna o ambiente de trabalho denso com a equipe, ao invés de solucionar problemas, cria fardo e inferno no ambiente de trabalho para seus subordinados, é mal criado e vive se medindo com funcionários exemplares, por ofender sua vaidade "a boa atuação de tais funcionários", pois à esta altura, ele já esqueceu que não teve méritos verdadeiros para ser um chefe. E acaba que não demoram a cair de produção, os exemplares começam a buscar outros empregos, ficam doentes, reclamações do líder fazem parte das conversas reservadas dos funcionários, dos familiares, até que a equipe vai se desintegrando, pessoas vão sendo demitidas. Porém o falso líder não tem capacidade de seleção de novos funcionários e nem de treinar uma equipe, os resultados cada vez mais negativos vão levando seu tempo de bajulação e trapaças pelo ralo e seus superiores já podem ver o incompetente que sempre foi. Estes falsos líderes também costumam ter uma vida pessoal terrível, sem amigos, relacionamentos afetivos tempestivos e conturbados, solidão. No final de sua carreira tem uma vida triste e de arrependimentos, sem inteligência social, mascarado, terminará alcoolizado com profunda solidão na alma. Por sua vez as corujas do meio empresarial agem da seguinte forma: - são prudentes no trato com os colegas até saber julgar quem é quem, quais os defeitos de cada um e quem não merece confiança. Sempre documentam suas realizações, por e-mail ou qualquer outra forma. Sabem dizer não com jogo de cintura e argumentos, evitam polêmicas e mesmo que não sejam valorizados pela alta liderança, goza de respeito dos colegas do posto de trabalho, sempre é lembrado como referência para coisas positivas e quando alguém tem algum problema, ele é pensado como a primeira pessoa para socorrer e sanar dúvidas. Tem boa vida pessoal, curte momentos de lazer com a família quando possível, vão até a igreja, bibliotecas públicas, teatros, shows ou simplesmente assistem bons filmes, seriados e dormem bem nos dias de folga, investem em cultura, idiomas, algum curso para lazer, pintura, tocar um violão com a família. É feliz e não sabe e quem é triste se aborrece com sua felicidade e quer fazer como a águia, debochar, ridicularizar até caírem no visgo da vida e terminarem nas mão do fazendeiro (consequência dos seus atos).


Análise e aplicação II.
  À águia faz um bullying com a coruja :"  - Ha, ha! Como você é ridícula! riu a águia, sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num galho, - vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor a sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos."  - Esse tipo de pessoa procura baixar a confiança das pessoas apelando para bullying e críticas da aparência e menosprezado raça, cor e coisas do gênero. Na maioria das vezes, entretanto se analisarmos, elas possuem bem mais coisas para se preocupar com aparência que os outros. - uma coruja sabe ver isso e se defende mostrando que elas também tem defeitos como qualquer um, e que raça é uma questão de orgulho e não muda  nada na questão de qualidade de humanos, é apenas um fator genético que determinam o fenótipo das pessoas.
 Comportamentos como os da águia podem ser visto nesta legião de artistas sem talento no Brasil, na realidade estes são mais um produto de uma industria mainstream, não é por acaso que muito destes estão em descréditos com as camadas mais esclarecidas da sociedade brasileira. Algo extra que podemos tirar do grande artista Da Vinci, é que pessoas como a coruja; é que são as grandes estrelas guia das artes, pois é a procedência que é louvada pelo gênio é o da coruja, tão logo pseudo-artistas agem como a águia por julgarem a si mesmas superiores aos outros apenas por estarem com bajuladores temporais e com dinheiro. Porém um dia cairão no visgo e se darão conta que não são nada perante os desafios da vida e que sua arte na realidade era um entretenimento descartável até aparecer outra distração criativa.
     O compositor alemão J. S. Bach não tinha o reconhecimento no seu tempo que tem hoje, pois fazia arte de verdade e não entretenimento barato, por este motivo sua arte repousou e hoje brilha nas orquestras em mídias eletrônicas, cds, no cinema e nos livros de teoria musical.Diferente destes artistas altivos que perecerão na escuridão da história, e se forem lembrados o serão como uma lição do fruto da loucura de uma geração tola, cafona e imprudente. Esses sempre caem no visgo do fazendeiro no final das contas!
      As lições analisadas neste artigo, assim como a parábola de Da Vinci como texto áureo, nos mostra que agir com altivez e prepotência é tolice. Quem bebe deste veneno terminara sendo humilhado e cairá em perigos, armadilhas e coisas semelhantes. Ter humildade e respeito são por natureza sábio proceder!







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